O Pacote das Pipocas

É desta que não me calo!

segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Congela-se por aqui…

…por aí e por mais uma centena de sítios.

Hoje de manhã, quando saí de casa, achei que ia levantar voo com a ventania e que, de repente, as orelhas iam cair e partir-se em mil bocados.

Claro está que ao nariz já nem o sentia. Isto tudo devido ao “gelo glacial” que se faz sentir neste cantinho à beira-mar plantado. E não me venham cá dizer que sou maricas, porque está mesmo frio!

Só apetece estar à lareira de manta nos joelhos, a bebericar um chazinho de mel e limão ou um chocolate bem quente numa chávena fumegante. Ai… que o dia nunca mais termina e o fim de semana ainda vem longe.

Já diziam os Boomtown Rats: Tell me why I don’t like Mondays…

Brrrrr.......

domingo, fevereiro 27, 2005

Million dollar baby - O Clint Eastwood supera-se

Gosto da visão dura e crua que Clint Eastwood tem sobre a vida. Salvo um ou outro filme que tem realizado (como o pouco interessante Space Cowboys), a realidade é que, cada vez mais, aprecio o sentido apurado e o olhar aguçado que tem sobre a verdade das coisas. Sem lamechices. Sem americanices. Sem a mania de o que é nacional é que é bom e viva o Uncle Sam.

Mas... agora sai-se com um filme sobre boxe??? Não é propriamente o género que mais aprecio. Raciocina rapariga: o Clint a fazer um filme de boxe??? Não me parece. Tem que ter mais qualquer coisa. Quem não se lembra do Mystic River, por exemplo? Como a curiosidade mata o gato, o melhor é ir ver...

Fui ver. No dia em que estreou. Não me arrependo. Nada. Aliás, aconselho vivamente.

O filme é um murro no estômago e um murro nas convicções mais rígidas. É um filme do qual se sai sem palavras, mas com a mente a fervilhar.

Trata sobre a violência no desporto e a dedicação que exige. A entrega total. Mas, sobretudo, trata das relações humanas. Dos desejos e frustrações. Dos dramas familiares. Do querer e não poder. Do egoísmo. Da ganância. Do perdão e da desilusão.

Fala também na semelhança entre duas pessoas, ao mesmo tempo tão diferentes e tão iguais, Poderia quase dizer-se, que passaram pelas mesmas dificuldades e alegrias, pelo mesmo amor ao desporto e à vida. A um renasce-lhe o prazer de viver. A outra a esperança e aprende o sabor da alegria de alcançar o que sempre desejou.

Mas o filme, que também é sobre o boxe, não esqueçamos, vai mostrar quão violenta pode ser esta modalidade... o que conduz à segunda questão delicada: a eutanásia.

Antes ainda de nos questionarmos qual a legitimidade da mesma, adivinha-se a necessidade. Compreende-se porque é desejada. Há uma luta de emoções. Há uma luta pela morte. É a violência e o drama de se desejar a morte, porque o corpo está morto e a mente sã. Quem poderá compreender isso senão o próprio?

Que dizer? Que concluir? Não sei. As ideias ainda fervilham...

Sei apenas que a eutanásia só pode ser um golpe de misericórdia. Uma libertação.

Sim... apenas isso.

Questiono-me se a Academia perceberá e aceitará isso.

Gripe...

Pois.. . acontece aos melhores.

Já estou quase em forma. Já consigo raciocinar.* Já consigo alimentar o meu “berlogue”.

Ufffffff!

* Já se sabe que a gripe dá surdez e “burrice”. Os dedos falham, os braços tremem. Os olhos lacrimejam. O nariz pinga e os espirros sucedem-se. Uma lufa-lufa de andanças para cá e para lá, agarrada a lenços de papel e envolta em perfume Vic-Vaporub.

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Quero políticos com prazo de validade, s.f.f..

Hoje, a Lusa noticiava que o Secretário de Estado Adjunto do Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território, tinha ordenado a interrupção da Avaliação de Impacte Ambiental do Túnel do Marquês, avaliação esta que decorria por ordem do Tribunal Administrativo de Lisboa em sequência da providência cautelar interposta por Sá Fernandes, em 2003.

Basicamente o que aconteceu foi que o estudo de impacte ambiental, em consulta pública, foi suspenso, porque segundo um parecer do Supremo Tribunal o dito não era obrigatório por lei.

Assim sendo, e como as obras também já estavam em andamento, do pé para a mão a decisão foi de “deixar” cair a questão. O Secretário de Estado achou que não justificava a afectação de pessoal do Ministério a uma tarefa daquele tipo (escassez de pessoal, argumentou).

É caso para pensar que as questões de conveniência são sempre fortes. O suficiente para fazer com que um qualquer estudo, não passe de mero projecto de estudo, perdido na secretária de alguém. O factor conveniência é, cada vez mais, diametralmente oposto de gestão coerente, democrática saudável.

Como Lisboeta, como cidadã portuguesa e exercendo o direito à liberdade de expressão, é pertinente perguntar:
- Mas que raio de políticos é que nós temos?

Francamente acho que deviam passar a trazer rótulo com prazo de validade. Sem prazos de validade eram devolvidos ao remetente, para peças... ou reciclagem (conforme a conveniência, claro!)

Como estamos em vésperas de eleições, é ou não é conveniente???

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

O contágio dos telemóveis

O contágio é chato, desgasta e dá irritação profunda. Sobretudo quando ataca os nossos telemóveis.

Já não bastava o contágio nos PC’s.

Agora as correntes do “envia-ou-cai-te-um-raio-em-cima-e-escorregas-na-caca-durante-sete-anos” também já chegou aos telemóveis. Imagine-se que recebi no meu a corrente das abelhas. Teria que passar a mais não sei quantos infelizes. Devolvi a mensagem com um “’tás a mangar comigo?!?!?!”. Resposta do outro lado: “Passa a outro e não ao mesmo!”.

Perante factos não há argumentos… como não me apetece ter uma nuvem de raios em cima da cabeça, nos próximos sete anos, nem escorregar na porcaria, tomem lá, com os meus cumprimentos.

* * * * * Estas são Abelhas Monetárias. Passa a seis bons amigos e enriquecerás em 4 dias. Não é brincadeira. Se apagares arrependes-te. Acredita. Experimenta.

Ah… e não devolvam, s.f.f.!

Obs.: Se ganharem alguma coisa nos próximos quatro dias (não vale o “cheque” do ordenado), digam-me. Pode ser que valha a pena.

"O maior prazer de um homem inteligente é passar por idiota diante de um idiota que pensa que é inteligente"

Não sei quem o disse… mas quem o disse, tem toda a razão. Se é suposto ou não, o facto é que assistimos a situações de estupidez aguda todos os dias, protagonizada pelos supostos inteligentes. E há vários, de toda a espécie e feitio.

Como sou boa pessoa, e gosto de partilhar, não quero deixar de vos possibilitar dois momento únicos, mas não raros, da estupidez humana, aos quais tive a felicidade de assistir ao vivo e em directo, como se costuma dizer:

Cheia de ares de responsabilidade e de "só eu é que sei e mais ninguém", havia aquela senhora que tinha a certeza que Estádio do Bessa estava mal escrito, e que deveria ser Estádio do Beça (?!?!?!). Ah! Pasmem, porque é mesmo para pasmar. Eu ainda disse, entredentes, que se calhar era Bessa com três “s” – para ficar mais chique. Recebi de volta um ar “à matador”… ainda hoje estou a tentar perceber porquê (eheheheh).

Depois aqueles que iam no seu carro último modelo, música em altos brados, e que, parados num semáforo em frente ao CC Amoreiras, acharam do mais oportuno (e chique???) atirarem lixo pela janela, displicentemente. Mesmo em frente, numa paragem de autocarro, um senhor velhinho baixa-se, apanha a lixarada e dirige-se ao carro. Delicadamente diz para o pendura: “Olhe o senhor deixou cair isto”, ao mesmo tempo que estende pela janela do carro a “carga”. O outro só teve que aceitar, entre o atrapalhado da vergonha e o engasgado de ter engolido o sapo. Sabem, é que lixo não condiz com chique. Mas também estamos à espera do quê?? Afinal lá em casa é a Maria quem trata dos desperdícios da malta!

No comments....

terça-feira, fevereiro 08, 2005

Isto é terrível.

Às vezes sento-me em frente a uma folha branca a ver se sai alguma coisa... Não da folha, claro. Da minha cabeça. Não é da falta de hábito. Pelo contrário. Às vezes é da vontade... ou da falta dela. Outras, a pressão é tanta que só saem pequenas frases, desconexadas, tópicos, e nada faz sentido.

Depois tenho que parar, respirar fundo, pensar em qualquer coisa a ver se distraio a pressão e... saem as palavras em catadupa. Tão rapidamente que nem consigo agarrá-las e colocá-las em fila, lado a lado, uma a uma, para saírem direitinhas no papel. Invariavelmente tenho que rever uma ou duas vezes o que escrevi.

É engraçado falar disto, numa altura em que tenho que alimentar um blog que sempre disse nunca ir criar, por falta de tempo, de espaço e de mais uma centena de coisas, que agora nem me ocorrem.

Afinal este blog acaba por ser o filho acabado de parir, a quem, sem querer nos agarramos tanto que queremos acarinhar, alimentar, ver crescer...

Como tudo na vida. Ou se acarinha e acompanha o crescimento e a evolução... ou vê-se morrer, seco e mirrado. Uma espécie de tamagochi!

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

Sente um tédio imenso durante as conferências, seminários, reuniões, assembleias e colóquios???

Oh, oh nem imaginam! Sobretudo quando o assunto é uma perfeita seca... ou quando lá caímos, como pára-quedistas desajeitados.

Cá vai mais uma preciosidade que me chegou via mail. E como estamos na época do Carnaval “ninguém leva a mal”.


Sente um tédio imenso durante as conferências, seminários, reuniões, assembleias e colóquios???

Os seus problemas acabaram!!!!

Chegou... BusinessBingo!

Como jogar:

1. Num quadro, coloque as palavras que se seguem, ainda antes de começar a reunião, seminário, conferência, etc.

2. Sempre que ouvir a palavra ou expressão contida numa das casas (leia-se quadriculas do quadro que desenhou), marque a mesma com um(X).

3. Quando completar uma linha, coluna ou diagonal, grite "BINGO"

Sinergias, Followup, Sistema, Optimização, Resultados,
Mentalidade, Clientes, Rendimento, Paradigma, Objectivos,
Agregar, Benefício, Pro-activo, Comprometimento, Projecto,
Mercado, Parceiros, Business, A nível de, Implementação,
E-mail, Estratégia, Custos, Recursos, Integrar

Testemunho de jogadores satisfeitos:

"A reunião já tinha começado havia 5 minutos quando ganhei!!!"

"A minha capacidade para escutar aumentou muito desde que jogo BusinessBingo"

"A atmosfera da última reunião de direcção foi muito tensa porque 14 pessoas
estavam à espera de preencher a 5ª casa"

"O director geral ficou surpreso ao ouvir 8 pessoas gritando "BINGO" pela 3ª vez
numa hora"

"Agora vou a todas a reuniões da minha organização, mesmo que não me
convoquem"

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

APOSENTAÇÃO - Novas Regras - Limite de idade (70 anos)

Adequação dos Organismos ao limite de idade para aposentação:

Tendo em vista a nova idade mínima para aposentação, sugerimos que sejam tomadas algumas providências para sobrevivência de toda e qualquer empresa:
1. Transformação das escadas existentes em rampas com corrimão não escorregadio;
2. Colocação de suporte para apoio nas casas de banho após a ampliação para possíveis cadeiras de rodas;
3. Substituição de todo o sistema de telefones, por aparelhos mais modernos que possibilitem que a perda de audição provocada pela idade avançada, seja compensada com o aumento de volume amplificado;
4. Aumento de tamanho de todas as fontes de impressão dos documentos emitidos a partir desta data, possibilitando a leitura em futuro próximo;
5. Compra de lentes de aumento para distribuição aos funcionários;
6. Aumento de tamanho dos monitores de computador para 27 polegadas;
7. Implementação dos seguintes tipos de falta não descontada:
- Esquecimento do local de trabalho;
- Esquecimento de como se faz o trabalho;
- Falta de ar;
- Incontinência urinária;
- Dor nas costas;
- Comparência em funeral de colegas que estavam prestes a aposentar-se.
8. Implementação de porta bengalas em todas as mesas de trabalho;
9. Despertador individual para casos de sono diurno;
10. Aumento das letras de todos os computadores;
11. Instalação de uma UTI Geriátrica de última geração;
12. Aumento do "time-out" para o encerramento das portas dos elevadores, tendo em vista a agilidade de locomoção dos funcionários ainda existentes;
13. Aquisição de armários para fraldas e remédios para uso dos funcionários;
14. Proibição de qualquer actividade ou vestuário dos funcionários mais novos que possa provocar ataque cardíaco ou desregulamento do marca-passo do colega, próximo da idade mínima em questão;
15. Criação de exercícios físicos voltados para a terceira e quarta idade;
16. Revisão da avaliação de desempenho do funcionário, incluindo o item "Lembrança da Senha", sendo que o funcionário, prestes a aposentar-se nos termos da lei, que ainda se lembre da sua senha, tenha a nota máxima neste item;
17. Alteração nas instruções de pedido de aposentação;
18 Incluir Atestado de Óbito.

É claro que o texto (recebido por mail), deu vontade de rir. Primeira reacção.
É claro que nós portugueses, temos dedo para a questão e conseguimos fazer piada de qualquer tema/assunto.

É claro que as empresas vão continuar a emprateleirar as “reservas” e em maior número.
É claro que as empresas vão continuar a reformular os contratos com os trabalhadores e a pensar as reformas antecipadas mais cedo.
É claro que as empresas vão perder dinheiro e tempo, com o aumento da idade limite de reforma.

É claro que vamos continuar a ser os pouco "produtivos" (também com esta idade estamos à espera do quê??)

É claro que isto tudo não passa de um disparate pegado!

Haja paciência.

terça-feira, fevereiro 01, 2005

As viciadas em amor não são tristes...

"As viciadas em amor não são tristes, nem deprimidas, nem desperançadas, são mulheres inteligentes e sofisticadas", in Vogue Portugal, nº 28, Fev95

Não me dou à "pachorra" de ler artigos destes, mas de facto este pequeno excerto, em letras maiores e coloridas, saltou do resto do texto na edição da Vogue deste mês.

Fez-me reflectir no que é ser Mulher.

Não é como no tempo das nossas avós ou bisavós, altura em que praticamente apenas se costurava, lia (disfarçadamente porque nem todas o podiam - ou sabiam - afinal era "coisa" de homens), "tocava piano e falava francês".

Felizmente as coisas mudaram… ou vão mudando, porque ainda há Mulheres a sofrerem nas mãos dos filhos, maridos e amantes, ou nas mãos de mentalidades e culturas diferentes. E sofrem em silêncio. Calam no corpo e na mente, a dor física e espiritual que as consome. Sofrem sem amor ou por amor, com uma filosofia de castigadoras de corpo... e de vida.

Não vêem ou não querem ver. Não sentem ou não querem sentir.

Depois há as que sofrem pelos filhos, que ainda não largaram a mama ou que ainda são pequeninos em idade escolar. As que não são independentes monetariamente. As que vivem em casa de familiares e parece mal sair. As que "apanham" por serem simplesmente Mulheres.

Ou as idependentes, as que sabem o que querem e podem. As que aturam os chefes e as chefes, os parvos e os espertos, os pobres e os ricos, os obssessivos e os certinhos, os que deixam tudo espalhado no chão e os que pingam a sanita…

Todas são Mulheres, todas são belas e sofisticadas ou simples à sua maneira, viciadas ou não na vida, no amor, nos filhos, nos maridos e nos amantes.

Todas são Mulheres inteligentes, sensíveis, mais ou menos cultas, activas, dinâmicas, umas mais tristes outras menos, dependendo das agruras e alegrias da vida.

Não interessa nada medir a inteligência, a capacidade, a sensibilidade ou outra coisa qualquer, em canudos, em “mamas” em “cus” ou em contas bancárias.

Todas somos mulheres! E eu gosto de ser mulher.