As viciadas em amor não são tristes...
"As viciadas em amor não são tristes, nem deprimidas, nem desperançadas, são mulheres inteligentes e sofisticadas", in Vogue Portugal, nº 28, Fev95
Não me dou à "pachorra" de ler artigos destes, mas de facto este pequeno excerto, em letras maiores e coloridas, saltou do resto do texto na edição da Vogue deste mês.
Fez-me reflectir no que é ser Mulher.
Não é como no tempo das nossas avós ou bisavós, altura em que praticamente apenas se costurava, lia (disfarçadamente porque nem todas o podiam - ou sabiam - afinal era "coisa" de homens), "tocava piano e falava francês".
Felizmente as coisas mudaram… ou vão mudando, porque ainda há Mulheres a sofrerem nas mãos dos filhos, maridos e amantes, ou nas mãos de mentalidades e culturas diferentes. E sofrem em silêncio. Calam no corpo e na mente, a dor física e espiritual que as consome. Sofrem sem amor ou por amor, com uma filosofia de castigadoras de corpo... e de vida.
Não vêem ou não querem ver. Não sentem ou não querem sentir.
Depois há as que sofrem pelos filhos, que ainda não largaram a mama ou que ainda são pequeninos em idade escolar. As que não são independentes monetariamente. As que vivem em casa de familiares e parece mal sair. As que "apanham" por serem simplesmente Mulheres.
Ou as idependentes, as que sabem o que querem e podem. As que aturam os chefes e as chefes, os parvos e os espertos, os pobres e os ricos, os obssessivos e os certinhos, os que deixam tudo espalhado no chão e os que pingam a sanita…
Todas são Mulheres, todas são belas e sofisticadas ou simples à sua maneira, viciadas ou não na vida, no amor, nos filhos, nos maridos e nos amantes.
Todas são Mulheres inteligentes, sensíveis, mais ou menos cultas, activas, dinâmicas, umas mais tristes outras menos, dependendo das agruras e alegrias da vida.
Não interessa nada medir a inteligência, a capacidade, a sensibilidade ou outra coisa qualquer, em canudos, em “mamas” em “cus” ou em contas bancárias.
Todas somos mulheres! E eu gosto de ser mulher.
posted by Pipocas @ 13:28
3 Comments:
Porque não?
Olha Enigma estive no teu blog e gostei. Visitem o http://oblogdaenigma.blogspot.com, que é giro, e deixem os vossos comments.
é por causa de artigos "jornalisticos" destes, que actualmente o mundo caminha para o caos!!!
comparemos com os tempos dos nossos avós ou até dos nossos pais; nessa altura, as mulheres geriam o lar conjugal, educavam os petizes, só tinham olhos para acudir a todas as necessidades dos seus esposos, que, sacrificadamente, trabalhavam para sustentar a familia.
com o advento das revoluções dos anos 70, todo este quadro mudou, se bem que não para melhor...vejamos: actualmente, as mulheres divorciaram-se de todas as suas nobres funções, rejeitaram a doce tarefa de cuidar de um lar, delegaram em amas e creches a suprema tarefa de educar convenientemente os seus descendentes e deixando até (ousadia suprema!) de tratar abnegadamente de seus maridos..
tudo isto em nome de uma pretensa igualdade!! mas igualdade não significa tratar pela mesma medida todas as pessoas..significa antes, tratar igual o que é igual e tratar de forma diferenciada aquilo que é diferente!!
assim, e sendo a mulher um ser preparado para outras funções, porquê esta procura incessante pelas tarefas que outrora estavam reservadas aos homens!?!?!?
o mundo esta perdido..e a culpa é delas!!!
volta salazar,estas perdoado!
Que mauzinho.
Então é simpático chegar a casa onde espera a Dona Xica, de papelotes na cabeça, bata azul às florinhas comprada na praça, à cigana do costume, a cuidar da casa, a fazer a janta e “abnegadamente” olhar para os pés, a servir a bujeca ao maridinho que sentou confortavelmente a ver o seu Benfica (ou outro qualquer)?
Ou os homens querem alguém em quem confiar, com quem podem conversar e debater ideias, criar coisas em conjunto, ir ao cinema de vez em quando e dividir o que há de bom e de mau na vida?
É que a era da boneca insuflável já acabou.
Além disso, a empregada de casa só é possível para quem tem dinheiro para isso. Porque quem não tem, falo no masculino e no feminino, sai todos os dias a correr do trabalho para ir buscar a criança à creche ou à ama, rapidamente segue para casa, para, também a correr, fazer o jantar, dar banho e de comer às crianças, comer qualquer coisa, sentar no sofá a tentar descansar junto do/da companheiro/a. É claro que, invariavelmente, adormece. O cansaço é grande e dali a algumas horas a faina recomeça. O dia começa cedo porque antes de ir para o trabalho há que dar uma arrumadela à casa, levantar e preparar as crianças para o colégio, e sair a correr, pois mais de cinco minutos de atraso e a IC19 já está a abarrotar.
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