O que tem a queda do escadote a ver com a salsicha podre do porco-morto-e-murcho?
(tem tudo)
Faz um ano que aconteceram mil e uma coisas. Mas todos os dias é aniversário de alguma coisa, dizem-me vocês. Pois é, mas igual a esta...
Há um ano atrás, também em vésperas de Páscoa, o pai de uma grande amiga caiu de um escadote, enquanto estava a fazer uma simples tarefa de bricolage, em casa. Costelas partidas, hematomas e conselhos médicos para repouso e não fazer grandes esforços.
Um ano depois... ontem, comemorava-se o aniversário de um familiar. As senhoras discutiam que repasto iriam cozinhar. Decidiram-se por salsichas frescas. Todos gostam, há imenso tempo que ninguém comia....
Saíram da panela “toneladas” de salsichas de aspecto apetitoso.
O Pai chegou do trabalho, comeu, gostou. As outras pessoas começaram a tentar saborear e quase caíram para o lado porque as salsichas estavam estragadas, com um cheiro nauseabundo e um sabor ainda pior.
Comentários jocosos para aqui, bocas reaccionárias para ali, até se argumentou que as salsichas nunca poderiam estar frescas porque o porco já estava morto e a “salsicha murcha” (nasce um porco para ouvir uma coisa destas... depois de morto!).
Mais comentários e, de repente, alguém lembrou-se que o pai também comera o raio das salsichas. Seria praga que lhe rogaram? O homem ainda ia pensar que era tentativa de homicídio classificado em primeiríssimo grau! No ano passado a culpa ainda era do escadote... mas este ano...
Este ano a salsicha-podre-do-porco-morto-e-murcho entrara em acção???
Ufff!! felizmente não, “que não se preocupassem, que estava bem, até tinha gostado, e só não comeu mais porque era à noite e podia cair-lhe mal”.
Imaginem se lhe tivesse caído bem!!!!
Resultado: o dia de aniversário celebrou-se em cheio com umas latinhas de atum, arrozinho branco, uma sopita e bolinho de aniversário, daquele que caiu-que-nem-ginjas.
Pelo menos todos se vão lembrar do porco-morto-e-murcho. Uma espécie de epitáfio em memória do bicho.